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5 de junho de 2018

Corredores de ônibus em São Paulo terão R$ 350 milhões disponíveis em 2017

Corredores de ônibus em São Paulo terão R$ 350 milhões disponíveis em 2017

A crise econômica, que teve como ponto inicial a crise fiscal pelo descontrole das contas públicas pelo Governo Federal, como aponta o TCU – Tribunal de Contas da União e a própria equipe econômica que promoveu ajustes fiscais, provocou queda de arrecadação no município e também fez com que a União contingenciasse recursos prometidos no âmbito do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento.

Na LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, enviada na semana passada para Câmara dos Vereadores, o prefeito Fernando Haddad reduziu em 56% o volume de investimentos para cidade em relação ao previsto para este ano.

Para 2017, a prefeitura propõe investimentos de R$ 2,9 bilhões em novas obras e programas na cidade. Neste ano, a LDO fixou o valor em R$ 6,6 bilhões.

A arrecadação também deve ser menor. A prefeitura prevê para 2017 receitas de R$ 50,3 bilhões enquanto neste ano a previsão é de R$ 54,4 bilhões.

Com problemas em caixa, as metas e Fernando Haddad estão cada vez mais distantes de ser cumpridas, como por exemplo, os corredores para o ônibus.

Durante a campanha eleitoral, Haddad prometeu entregar completamente prontos, 150 quilômetros de corredores de ônibus. No primeiro trimestre da gestão, a meta foi maior ainda: 173,4 quilômetros de corredores até dezembro de 2016.

Estão em andamento hoje na cidade as obras de apenas 66,3 quilômetros e foram entregues em torno de 25 quilômetros entre novos espaços e reformas.

Com os R$ 350 milhões previstos para 2017 é possível fazer somente entre 20 e 30 quilômetros de corredores, dependendo da estrutura exigida.

Corredores BRT – Bus Rapid Transit, que são mais elaborados, com estações que possuem piso na mesma altura do assoalho do ônibus, pistas de concreto e pontos de ultrapassagem entre os veículos de transporte coletivo, têm o quilômetro avaliado em R$ 30 milhões, em média.

Já o quilômetro de corredores comuns pode ser feito com valores variando entre R$ 10 milhões e R$ 15 milhões.

Além de problemas financeiros, a Prefeitura de São Paulo também enfrenta dificuldades para aprovação dos projetos de corredores. Licitações foram barradas pelo TCU – Tribunal de Contas da União e TCM – Tribunal de Contas do Município, que alegaram problemas como sobrepreço e erros nos projetos.

Outras áreas importantes vão sofrer contingenciamento de recursos, como obras antienchente, construção de 10 mil unidades habitacionais e construção de hospitais.

 

(Fonte: Blog O Ponto de Ônibus)