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5 de junho de 2018

Prefeitura reserva R$ 1,7 bi para subsídios aos transportes em 2017 e prevê aumento na tarifa de ônibus

Prefeitura reserva R$ 1,7 bi para subsídios aos transportes em 2017 e prevê aumento na tarifa de ônibus

Em 2017, os subsídios ao sistema de transportes coletivos na capital paulista devem chegar a R$ 1,7 bilhão.

É o que consta no projeto de Orçamento para o ano que vem, enviado pela prefeitura à Câmara Municipal, nesta sexta-feira 30 de setembro de 2016.

Praticamente é o mesmo valor deste ano de 2016, cujos subsídios previstos foram de R$ 1,79 bilhão.

Entretanto, como já mostrou o Diário do Transporte, o valor para 2016 que deveria durar até o final de dezembro, acabou na semana passada, havendo necessidade de complementações de recursos vindos de outras áreas.

Até o final do ano, os subsídios ao sistema de transportes, para complementar principalmente as integrações do Bilhete Único e gratuidades, devem chegar a R$ 2,1 bilhões.

Em 2017, pode acontecer a mesma coisa. A prefeitura trabalha com a possibilidade de remanejamento de recursos, de acordo com a política tarifária que for adotada, confirma o próprio poder municipal.

E é nesse ponto que está aberta a possibilidade de haver reajuste da tarifa de ônibus já no ano que vem. No entanto, esta definição depende do resultado de quem estará e como será a próxima gestão.

A questão financeira é um dos grandes problemas do transporte público atualmente na cidade de São Paulo. As empresas de ônibus, apresentando relatórios da própria SPTrans – São Paulo Transporte, responsável pelo gerenciamento, afirmam que as dívidas da prefeitura ao sistema chegaram a R$ 200 milhões , com atrasos no pagamento dos repasses. Já o poder público municipal nega a existência de atrasos e diz que cumpre o contrato com as operadoras.

A licitação dos transportes coletivos, segundo a prefeitura, poderia reduzir custos, aumentar a eficiência operacional e de gestão e, assim, reduzir a necessidade de subsídios e repasses.

No entanto, o certame deveria ter ocorrido em 2013, mas após as manifestações de junho daquele ano contra a tarifa, a prefeitura decidiu suspender o processo que só foi retomado em 2015, mas que ficou nove meses parado no TCM – Tribunal de Contas do Município que alegou ter encontrado irregularidades. Somente em julho deste ano, houve a liberação do certame, mas a prefeitura decidiu continuar a licitação após as eleições.

 

(Adamo Bazani, jornalista )