Companheiro da Metrópole Imperador é atacado em briga de trânsito e Sindicato paralisa atividades da linha em sinal de protesto
Os casos de violência contra motoristas e cobradores de ônibus na cidade de São Paulo se somam e exigem providências em caráter de urgência dos órgãos de segurança pública.
Na noite de quinta-feira (25), no Dia do Motorista, por volta das 19h30, o companheiro Jean César, 56 anos, da Metrópole Paulista Imperador, foi brutalmente agredido após uma colisão de trânsito na Avenida Ragueb Chohfi, Jardim Três Marias, em São Mateus, zona leste.
O motorista foi atacado dentro do ônibus pelo criminoso proprietário de um carro Ford Fiesta (ainda não identificado) com três golpes de faca, na região do abdômen, segundo testemunhas. Ferido, o companheiro foi socorrido às pressas até o Hospital São Mateus, onde passou por cirurgia. Neste momento, seu estado clínico é estável.
Assim que teve informação do ocorrido, o diretor de base do SMTTRUSP, Luiz Carlos Paixão (Luizão), com apoio do diretor da executiva Joel da Conceição Pires (Dida) e do presidente Edivaldo Santiago, interrompeu imediatamente o funcionamento da Linha 354 M/10 (Terminal São Miguel – Terminal São Mateus) em protesto até que a empresa tomasse providências a respeito.
“Nosso companheiro foi vítima de homicídio e a empresa não se manifestou. Então, com apoio do Sindicato, fomos pra cima e paramos linha até que houvesse providências por parte da empresa e do policiamento”, destacou Luizão. Após a pressão, a Metrópole Imperador prestou todo suporte necessário ao motorista e sua família.
O Boletim de Ocorrência do caso foi registrado no 49º DP de São Mateus, como lesão corporal e colisão. A Polícia Militar realiza diligências para prender o criminoso, que fugiu depois do ataque.
Sindicato exige providências IMEDIATAS
O presidente Edivaldo Santiago, durante a Campanha Salarial, exigiu das empresas e da SPTrans mais segurança e proteção aos companheiros e companheiras, que são expostos ao trânsito nocivo da cidade, e ainda são vítimas de agressão e da criminalidade.
Os últimos episódios, inclusive com a morte do companheiro Gabriel Moraes da Silva, no dia 07 de julho, foram o limite. A entidade vai protocolar ofícios aos órgãos de segurança pública, poder público, câmara municipal e empresas, exigindo ações efetivas no sentido de coibir a violência desmedida.
“Somos uma categoria essencial. Estamos nas ruas todos os dias transportando passageiros aos seus destinos. Portanto, é obrigação das autoridades dar um basta nisso e oferecer proteção, segurança e bem-estar aos profissionais”, cobrou.